16 outubro 2010

O sabor amargo das palavras


Pegou o papel, o lápis e foi escrever.. Assim diziam as palavras que ela ecrevera ao seu amor..



Amore per il mio grande amore

"Teimo em achar que as pessoas são iguais a mim. Insito em ter sempre  uma resposta na ponta da língua às tuas perguntas e, esqueço que faço  melhor quando me calo. O melhor pra mim.
Talvez demore dormir agora a noite, depois que te escrever isso, mas pra ti é o silêncio. Quero que ele diga a você que me magoou.
Não sou feita de ferro e nem de outra obra-prima capaz de superar tanta coisa. 
Aqui dentro bate um coração. Às vezes frio, contudo, ele é de carne. E, tenho um corpo que sente cada vogal, cada sílaba, cada palavra, cada frase vinda de tua boca.
Boca que eu desfrutei do teu doce sabor. Agora, pronucias palavras duras. 
 Tudo é razão em ti. Tua fala, teu olhos, tua busca, tua falta. Vem sempre com razão no olhar, nas tuas mãos..
Você já experimentou um dia não ter razão?
Experimente, você vai descobrir uma nova maneira de pensar além de toda essa sua certza de si mesmo.
Eu não vou te procurar mais. Cansei de te entender, de correr atrás de  ti com braços estendios. Eu  experimentei o amargo sabor das perguntas.
Um dia amei e odiei as palavras.."



Dobrou o papel. Colocou num envelope preto e guardou. Era o silêncio que ele merecia. As palavras era para ela mesma.


Clara chorou a noite inteira..
 

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